A História de Drystan B. D'Lunnes

Assunto: A História de Drystan B. D'Lunnes Sáb Jan 07, 2012 11:50 am

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Prólogo
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" O predador olhava para mim. O seu rosto começava a ficar
cada vez mais triste, o arrependimento estava estampado em sua face.
Porém ele já não tinha o controle sobre sí. A sua mão sobre o canto da
cara me fez gritar. Uma agonia percorreu o meu corpo, e eu sabia que
eu estava próximo da morte.
Ele olhou desesperadamente para mim, reconhecendo os seus atos e
sabendo que tudo que ele faria alí seria mais uma etapa de seu sofrimento.
A dor agora tomava conta de meu corpo. O líquido vermelho que escorria
ligeiramente pelo meu torax e caía na grama molhada pelos pingos de chuva
que aterrissavam em meu rosto e escorregavam para o solo.
A minha lágrima se misturou com os pingos de chuva, e antes que
eu pudesse fazer alguma coisa, estava entregue nas mãos de meu
amado "

OBS: A história retrata a vida de Drystan. Como
não tenho conhecimento total da história do Lobisomen, resolvi
inventar uma, porém ainda tem os fatos mais marcantes de
sua vida.
OBS²: Existem algumas partes em Spoiler, essas
partes conteem coisas mais "quentes" que possam
prejudicar a vida de uma criança. Não me responsabilizo
pelas conseguências do ato, por isso coloquei o aviso.
OBS³: As falas de Drystan estão sempre em Branco,
enquanto as de outras pessoas em grupos ficam da
cor de sua legenda.
Ex: Vampiros Carnivoros: fala vermelha
Vampiros Vegetarianos: fala verde
Metamorfos: fala marrom
e por assim vai.

Assunto: Re: A História de Drystan B. D'Lunnes Dom Jan 08, 2012 8:21 am

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Mudando de País
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Tinha acabado de sair da Europa, para procurar um emprego fixo perto de minha casa. Eu morava com os meus pais, e eles faleceram deixando uma única herança, que tinha sido uma boa casa, em ótimas condições. A casa ficava nos arredores de Seattle, uma grande cidade que ficava ao lado da cidadela de Forks.
O aeroporto de Seattle não era nada agradável. mesmo em ótimas condições, os feixes de luz que saíam das janelas mostravam grãos de poeira flutuando no ar e pousando no chão. Por vez ou outra, eu impedira de um espirro sair pelas minhas narinas.
Eu tenho forte atração vísual por homens, isso me deixou meio constrangído no começo, já que nem meus pais nem amigos me apoiaram quando souberam da verdade, mesmo eu não tendo atração por nenhum deles.
Relembrei dentro de avião alguns momentos de alegria que eu passei com os meus pais e com os meus amigos, que agora estavam meio ocupados viajando. Alguns continuavam no mesmo lugar, mas eu me limitava a ir visitar os meus velhos amigos, já que em poucos anos, eles já não tinham a mesma simpatização comigo.
Me encostei na poltrona do avião.
Havia 14 dias que já estava no avião, algumas pessoas conversavam comigo, e eu respondia com a maior sinceridade que tinha. Sempre fui muito amigavel, e nada mudou nesses tempos.
Não percebi quanto tempo tinha passado até uma das aeromoças me comunicar pelo radio-patrulha que estávamos chegando.
Me arrumei no banco da primeira classe, e fiquei em posição mais formal possivel, prendendo o cinto de segurança em minha cintura e depois na poltrona.
O avião pousou na pista de voo, e seguiu ereta até chegar na central do aeroporto de Seattle. Eu desci pela rampa do avião e segui com um taxi para a minha casa.
A casa era bem simples, tinha um terreo com plantas bem cuidadas e arbustos. Plantas e árvores pequenas se destacavam no terreo, com um caminho de pedras traçando uma trajetória reta até a casa. A aparência externa da casa é simples, uma pintura branca na parte de baixo de uma das divisórias da parede e acima é marrom. A casa tem apenas um andar, com tudo que preciso para morar na cidade.
O lugar era composto por 5 cômodos: Sala de estar, cozinha, quarto de casal, banheiro e quarto de solteiro. Ao julgar pela aparência, era simples, e eu gostava muito disso.
Fui direto para a cozinha, passando pela porta da frente da casa e abrindo instantaneamente a geladeira. Haviam lá um pedaço de frango, leite de soja estragado e uma pequena caixa de leite. Não tinha nada ali que iria me prestar.
Fechei a porta da geladeira, indo para o próximo cômodo que era o banheiro. Tomei uma ducha rápida e fui para a cama, descansar um pouco e recompor a minha coluna - Passar vários dias em um avião não é muito agradável.
O quarto era simples, havia uma escrivaninha no canto do quarto e o tom das paredes era branco com cinza. A cama era de casal, com dois travesseiros no topo do colchão. Era sustentado por pernas de madeira pólida branca.
Tambêm havia uma tevê bem na frente da cama. Bom, não iria usar muito esse móvel.
As minha palpebras se fecharam depois de alguns minutos deitado na cama. Não tinha intenção de acordar tão cedo, então aproveitei a oportunidade, e descansei o maximo que eu pude.

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Acordei no meio da manhã. Não achei que eu dormi muito, ou talves a exaustão não fora tão grande.
Agora teria de arranjar um emprego fixo, e comida. Muita comida.
Me levantei da cama, observando o meu quarto do jeito que estava antes. Tudo em seu devido lugar. Andei devagar pela casa, tentando me orientar. Eu não tinha muitos anos de convivência com os meus pais, então eu havia esquecido de como a casa era e como se orientar ali. Mesmo sendo uma casa pequena.
Fui para o banheiro, escovei os dentes e dei uma checada no meu cabelo, penteando fios soltos por ai.
Peguei o meu currículo e passei pela porta da frente, percorrendo a cidade de Seattle a pé até encontrar um taxi, que me levaria á uma empresa que precisava de assistentes. Parecia um bom emprego, um bom para começar na cidade.
- Então... - O gerente olhou o meu currículo - Drystan. Veio de onde?
- Moro aqui - falei em sotaque Espanhol.
Ele me examinou, depois olhou o meu currículo. Depois fez um sinal de aprovação. Erguendo a cabeça e aspirando o ar.
- Parabéns Drystan. Acaba de ser contratado. Bem vindo a recepção.
Sorri amigavelmente para o gerente, depois me dirigi para um balcão que estava desocupado.
Passei o dia no trabalho, atendendo diversas pessoas e ajudando companheiros de trabalho com o máximo de convicção que eu pude.
Quando fui para fora do trabalho, consegui avistar um homem, que me atraiu a atenção por seu cabelo longo e negro brilhar na lua migrante. Eles pareciam esvoaçar no vento, e seu perfume vinha direto em minha direção.
Ele olhou para mim, com os seus olhos negros me encarando, e eu consegui distinguir um brilho em seus olhos. Me aproximei do desconhecido, sendo atraido por uma forte tentação de tentar conhece-lo.

Assunto: Re: A História de Drystan B. D'Lunnes Dom Jan 08, 2012 11:28 am

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Conhecendo Pessoas Novas
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O estranho olhou para mim, me examinando. O brilho em seus olhos começava a ficar cada vez mais intenso. O frio de repente me invadiu. Ele emanava certa frieza, e eu gostava de ficar de cara com o perigo. Ele parecia não se importar com a minha presença, muito pelo o contrário. Eu transmitia certo conforto quando eu estava no lugar, eu sempre tive isso. Uma coisa que eu adorava ter.
Ele me observou, de cima abaixo, depois focou o olhar em meu rosto. Ele tinha uma pequena barba, meio raspada e seus cabelos longos apresentavam algumas mechas vermelhas escondidas em meio á vários fios. Ele tinha uma cruz pendurada no braço e seu olhar era extremamente profundo.
Ele ficou calado por um tempo, depois estabeleceu o primeiro contato.
- Olá - falou, me observando.
Eu sorri amigavelmente, e isso fez ele corar um pouco.
- Meu nome é Drystan.
Ele se aproximou de mim, depois olhou para a lua. Eu não sei o porque, mas eu olhei tambêm. A lua migrante se destacava no céu escuro, com as estrelas bloqueadas pelas luzes da cidade.
Quando eu percebi, ele já não olhava para a lua, ele me observava ao meu lado, observando o meu rosto.
- Linda, não? - Falou, olhando para mim. Depois olhou a lua - Meu nome é Morgan.
Olhei para ele. O seu olhar fixo nos meus. Eu não percebi, mas acho que tinha corado um pouco. Ele se aproximou mais um pouco, e colou o seu corpo com o meu, eu o observei, imóvel.
Eu já não sabia o que estava fazendo, não sabia o que estava acontecendo. Tudo parecia uma ilusão. Eu resolvi afastar ele de mim, mas a minha voz entalou no meio do caminho. Ele continuou me observando, agora com os nossos corpos juntos.
Ele aproximou os meus lábios do os dele, e isso me fez corar de novo. Fui pego desprevinido, ele encontrou a minha lingua com a dele, e entrelaçou ambas. Instintivamente fechei os olhos, e coloquei os meus braços em suas costas, e senti sua mão passar pelas minhas.
Eu percebi o que estava fazendo, e obviamente não deixei barato. Coloquei minhas mãos entre o meu corpo e o dele, empurrando o seu corpo com as mesmas.
Ele ficou imóvel, depois voltou ao seu consciente.
- Está louco?! - Falei.
Ele não respondeu, ficou apenas calado, depois começou a andar pela rua, voltando ao seu rumo. Observei ele ir embora, no mesmo lugar aonde eu estava, depois encostei a minha mão nos meus lábios, e contornei o canto de minha boca.
Fiquei encarando a lua, depois olhei aonde o homem deveria estar de novo. Ele já não estava ali. Encarei o nada, imaginando Morgan andando pelas ruas.

♦♦♦

Abri a porta da frente, passando direto pela sala, indo para a cozinha com sacos de plásticos erguidos por ambas mãos. Eles carregavam comida, frango recém assado e sanduiches. Simples.
Comi um omelete frito que havia feito na frigideira em um fogão de segunda mão da casa, acompanhado de arroz e feijão.
Depois da refeição, lavei os pratos e talheres. Depois segui pelos corredores da casa até chegar no quarto de casal. A cama com o cobertor de pólo, com desenhos de plantas de diversos tipos como personalização.
Fui direto para a cama, deitando-me por entre o cobertor e o colchão e dormindo ali mesmo.

♦♦♦

Eu observava a cidade de Seattle em cima de um arranha-céu. Não consegui identificar, apenas observei. Eu estava de pé, satisfeito com a visão do lugar, realmente muito boa e satísfatória.
Alguma coisa me espreitava, eu sentira. E o mesmo frio que eu tinha sentido quando estava perto daquele homem me percorreu pelo estômago. Olhei para trás, e eu tive tempo apenas de ver uma grande mão encoberta com pelos brancos, com garras extremamente afiadas.
Fui lançado para trás, caindo de costas infinitamente pelo monumento, vendo apenas borrões que passavam por mim, como luzes. E quando eu encostei as minhas costas no solo, acordei tão rápido que a cama já estaria sem o cobertor antes de eu abrir os olhos.
Eu observei o quarto, e consegui ver a toalha da janela esvoaçando pelo quarto, com o lugar ainda escuro sendo iluminado pela lua.
Percebi que a janela estava aberta, o vidro erguido para cima.
Afaguei minha mão da testa, com gotas de suor percorrendo o meu rosto.
Olhei de novo para a janela, que agora estaria fechada.

Assunto: Re: A História de Drystan B. D'Lunnes Seg Jan 09, 2012 7:33 am

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Noite Esquisita
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Passei a noite em claro, pensando no que havia acontecido naquele dia. Por um desvio, a janela estava fechada sendo que antes estava aberta. Aquilo tudo me parecia um sonho, mas era muito real.
O estranho, era que quanto mais eu pensava naquela noite, mais detalhes eu deixava passar e eu esquecia o que havia acontecido. Tambêm havia alguma coisa... O frio que eu havia sentido quando Morgan estava perto começou a fazer parte de minha rotina. Sempre depois de acordar. Quando saio do trabalho ou até mesmo quando estou sonhando.
Mas foi a única vez que eu tinha visto Morgan. Nunca mais ele apareceu na minha frente.
O pensamento tomou conta de mim e fez com que eu ficasse meio corado. Relembrando a situação que eu tinha vivido noites anteriores. s meus lábios encostando nos dele. Uma coisa eu tinha certeza: eu havia gostado de Morgan, de um jeito extremamente estranho. A atração que eu senti quando ele olhou para mim, e o mesmo que aconteceu com ele. Tudo muito estranho.
Naquela noite, eu pensei em algo que poderia revelar se ele estaria por ali. O frio que me incomodava todas as noites, porém me davam a sensação de não estar sozinho em um lugar. Isso me deixava feliz por algum tempo, e eu gostava muito dessa felicidade.
Depois dessa noite, fui tomar banho e depois escovar os dentes. Indo para a cozinha para fazer a refeição matinal. O prato foi pão puma com presunto, algo novo que não fazia parte de minha rotina antigamente.
Depois da refeição, fui trabalhar.

♦♦♦

Eu saí do trabalho, e Morgan me aguardava do lado de fora da empresa. Eu deixei escapar alguma coisa que estaria me incomodando, e isso deixou ele meio constrangido, mesmo que a minha voz fosse em tom amigável.
- Morgan, certo? Você invadiu o meu quarto ontem a noite?
Ele não respondeu.
- Isso explica tudo - Falei, focando o meu olhar nos do dele.
Morgan pareceu não se importar. ficou apenas calado me observando, como se eu fosse a única coisa que para ele eu importasse.
Resolvi ir embora, passando direto por ele. O homem me acompanhando com o olhar. Quand eu cheguei perto, agarrou o meu braço com a mão esquerda, ainda com o olhar focado no meu rosto. Ele parecia pálido.
Formei um nó na garganta.
- Não vá - Falou.
Eu me virei, e ele fez o mesmo, ficando alguns centímetros mais altos do que eu.
- E por que não?
- Porque...porque...eu...eu... - Gaguejou, sem saber o que falar.
A minha reação foi a mesma de antes: firme e imóvel, aguardando uma resposta.
Ele grunhiu, como se alguma coisa estivesse impedindo ele de falar.
- Bem... eu... quero saber se você... - Novamente, ele foi impedido de falar. Mas já estava claro para mim, ele iria me pedir em namoro, se não me engano. algo estranho, ele me pegou de surpresa.
Não sabia o que responder, mas a resposta obvia estaria bem na ponta da minha lingua.
- Morgan, eu não te conheço e não sei quem é você. Você me parece estranho, eu... não.
Ele vacilou, e pude sentir o desapontamento em seu rosto. Mas não acabava por ai.
Morgan se aproximou um pouco mais de mim, entrelaçando os seus braços com o meu corpo,e antes que eu pudesse reagir, já estava entregue nos braços do homem, com os meus lábios fazendo contato com os dele. Eu corei.
Levei dez segundos para processar o que estava acontecendo, e nesses dez segundos eu já estaria sobre a vontade dele. Totalmente desarmado, pego de surpresa e sem saber o que fazer.
A sua lingua percorreu quase toda a minha boca, e entrelaçou-se com a minha váris vezes, juntando caricias em minhas costas com ambas mãos. Em um momento, conseguia sentir prazer, mas sabia que era errado. Me separei dele, lembrando que não deveria fazer isso, só que dessa vez, eu saí dali sem falar nada, evitando o olhar de Morgan recaindo sobre o meu.

♦♦♦

Coloquei o meu plano em prática.
Fingi dormir depois de fazer a outra refeição em minha casa. Esparramado na cama de casal e respirando ofegante para que desse a impressão de estar sonhando.
Eu não me atrevia a abrir os olhos, e encontrar os de Morgan de surpresa. Porém eu estava preparado, e eu saberia que iria encontrar ele. Talves quando a janela abrisse, e o frio da lua adentrasse o meu quarto.
Isso demorou tempo demais.
Eu fiquei aguardando ali, sem resposta, até perceber o respirar soado caindo contra o meu rosto, e o hálito fresco de pasta de dente. Não me atrevi a abrir os olhos. Estava tão bom, tão perfeito. O hálito que eu sentia, sabia que era do de Morgan, porém a incosciência me dominou antes que eu o flagrasse ao tentar me beijar enquanto dormia.
Quando eu senti os seus lábios, caí na completa inconsciência.

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